Última tragada!
Mauro Magalhães
Pega no bolso a caixa do maldito,
E faz mais uma vez sua promessa:
“Esse é meu último. Nunca mais pito”!
E sorve um trago... sem nenhuma pressa.
Vem a notícia! Triste e contrito...!
Velo e penso: “Como sairá dessa”!
"Um anjo ou o demo pode ter o dito...!"
"Pedir que eu leve!"... Por favor!... Não peça!
Sempre dizia: “Eu não tenho vício!”
“Se eu quiser eu paro já, com isso!”
ENTÃO! Essa é a hora de querer!
Tomara que por causa do pigarro,
De sua tosse e de seu escarro,
Nem mesmo a guimba o cão permita ter!
Porto Alegre, 18/11/2017
Morte