No meu coração mora alguém, o amor.
Embora confirme a papalva ciência humana.
Que o coração é só fibra e nada mais além.
Uma bomba a bombear o sangue num vaivém.
Um naco de carne que morre ao estocar da catana.
E se o abrirmos ao meio nele não veremos ninguém.
O meu ainda acelera quando vê a bela na sacada.
Quase para, quando ela está distante dos olhos, dalém.
E num bater descompassado ele dói a cada pancada.
Tal qual o ferir da ponta aguda de uma partasana.
E então ele sofre pela distância de seu alguém.
Desarrazoando a ciência papalva que tanto se ufana.
E quando a visão da bela se divisa e, é avistada.
Ele saltita de alegria como criança no parabém.
Então ele sente, sendo assim ele é casa bela e habitada.
(Molivars).