No meu coração mora alguém, o amor.

Embora confirme a papalva ciência humana.

Que o coração é só fibra e nada mais além.

Uma bomba a bombear o sangue num vaivém.

Um naco de carne que morre ao estocar da catana.

E se o abrirmos ao meio nele não veremos ninguém.

O meu ainda acelera quando vê a bela na sacada.

Quase para, quando ela está distante dos olhos, dalém.

E num bater descompassado ele dói a cada pancada.

Tal qual o ferir da ponta aguda de uma partasana.

E então ele sofre pela distância de seu alguém.

Desarrazoando a ciência papalva que tanto se ufana.

E quando a visão da bela se divisa e, é avistada.

Ele saltita de alegria como criança no parabém.

Então ele sente, sendo assim ele é casa bela e habitada.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 18/11/2017
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