Vejo no chão as marcas do outono
Vejo no chão as marcas do outono
E todo o verde tomba em sonolência
Flores morrendo, secam em decadência
Eu lembro quem se foi pro eterno sono
Pois tudo que é feito de carbono
Há de ser uma sombra na existência
Mas esta dor fica na consciência
E planta em meu peito o seu trono
E eu piso nessas folhas ressecadas
Ciente que não somos nada
E sinto-me amargo e vazio
Eu digo o que morreu não mais importa
Mas as lembranças batem a minha porta
Para deixar meu mundo inda mais frio