ARAUTO DO ALÉM
Mauro Pereira
Quando o espírito de meu pai partia,,
Deixando inerte o corpo seu cansado,
O fato que ora narro deu-se ao lado,
Do hospital onde seu pó jazia.
Quatro de junho. Madrugada fria!
O carro funerário ali parado.
Um pombo branco, sujo e arrepiado,
Sob o motor, parece, se aquecia.
Meu irmão com jeito segurou a ave,
Que posta com carinho sobre um galho,
Voltou direto a nós, cambaleante.
Mensagem clara! Era aquela ave,
Um espírito em paz rumo ao trabalho,
Nas searas do Deus aconchegante.
Deixando inerte o corpo seu cansado,
O fato que ora narro deu-se ao lado,
Do hospital onde seu pó jazia.
Quatro de junho. Madrugada fria!
O carro funerário ali parado.
Um pombo branco, sujo e arrepiado,
Sob o motor, parece, se aquecia.
Meu irmão com jeito segurou a ave,
Que posta com carinho sobre um galho,
Voltou direto a nós, cambaleante.
Mensagem clara! Era aquela ave,
Um espírito em paz rumo ao trabalho,
Nas searas do Deus aconchegante.
Patos, 04/08/2002.