A LÓGICA DA ARTE
«Dedicado ao filósofo Manuel Coelho»
“Há que partir da quantidade para a qualidade
Ou simplesmente deixar que o tempo satisfaça
Permitindo que a obra ganhe espaço e graça
E ao mesmo tempo nunca perca a liberdade!”
A lógica da Arte tem o nome de «estética» –
A virtude que aproxima o Sujeito do objecto –
E faz dele a moradia do que é concreto
Resultando daí uma nova concepção ética.
Da “visão-natureza” intui-se qu´ é frenética
E que encarna, em si, um paradigma recto
Assumindo, ele próprio, um significado directo
Projectado na alma sob dimensão poética.
Qualidade, satisfação, graça e liberdade
Eis os quatro parâmetros que são o fermento
Da «obra de arte» do nosso contentamento
E que dão força e paixão em qualquer idade…
Se na “floresta dos sentidos” não se vê graal
Nem o fiel do tempo a identificar um espaço,
Tem-se, por certo, a lógica entrar no embaraço
De que a emoção do Ser não passa de virtual.
Qual postura pós moderna – dita resiliência –
Compete agora ao observador manifesto
Repetir, indefinidamente, o original gesto
Até qu´ em sua alma renasça a pura essência!
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA