AS PEDRAS DO CAMINHO
Lá estão elas, imóveis, num mutismo
que silencia a alma e o sentimento.
Barreiras muitas vezes intransponíveis
e outras, perpetuando passagens do momento...
Ah, onde aquele caminho que cismo
trilhar a cada amanhecer e sonho,
vê-lo passar diante olhos impassíveis
que refletem brilho, encanto... só?
Possível fosse transportá-las pra longe,
onde sequer eu ouvisse mais falar!
Transformá-las em estátuas, algo risonho,
que não impedissem mais, meu caminhar...
Ou eu as olhasse e julgasse ver um monge,
que me aconselhasse, como desfazer tanto nó...