Ré feição
Pincel; meu coração te delineia,
Veia, tinta, perfeito o tal painel,
Céu do teu olhar que o meu, só devaneia,
Desnorteia-me em teu rumo sem véu.
Papel pele, sensível esperneia,
Nua teia cobre-te por meu léu
Rapel, contorno; a boca que tateia,
E proseia silêncio, assim pinel.
Anel nos lábios numa paz chuleia,
Entremeia sentires a granel,
E num tropel de cores que gorjeia.
Cheia lua, alma, pulso é corcel,
Tendel na carne, feito sol na areia,
É ceia de nós; templos e motel.
#ordonismo
Uberlândia MG
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