ACALANTO DA ALMA
ACALANTO DA ALMA
Passa o vento e leva o meu canto,
que só é algum verso em melodia;
flui da alma que canta em pranto,
a emoção que lhe inspira poesia.
Retém o vento andejo, o encanto
da poesia que jamais será tardia;
no vento que uiva como acalanto
da alma que ressona na moradia.
Leva, vento, o meu canto poético,
e lança-o sobre a seara produtiva;
seja-o parnaso, moderno ou épico,
exala a fragrância da sempre-viva;
a nutrir a alma do passar do vento,
cujo canto, lhe poetiza o momento.
Escritor Adilson Fontoura