Dos teus olhos de vinho
São de vinho, bem sei! Corrompem
minha prudência. Saem à noite
pintados de anjo e vestidos de sorte.
Um nobre vinho. Os meus perecem...
A lua se move, agora peregrina.
Teus sóis noturnos se impõem à ela;
Apalpam os céus e constrangem
Àquelas que são rotina. Os teus, sina.
Ah, são infalíveis...Roubaram-me
bem alí! Nem vi onde deixei cair
o que em mãos ainda sobrou-me.
Parecem feitos de vidro blindado;
Nem precisam de cuidados; Ai de
mim! Fujo quase que à nado...
Jack Sousa