ESTRATAGEMAS

ESTRATAGEMAS

O mais vil não é sempre o mais astuto,

Ainda que se encontre um passo à frente.

Quem maquina contra o outro tão-somente

Antevê no alheio mal o próprio luto.

Eu quando dos sucessos d'uns escuto

Não julgo d'isso nada surpreendente.

No fim, toda a alegria está ausente,

Pois com violência colhem o seu fruto.

A pedra de tropeço para o justo

Procuram camuflar a todo custo

Bem no meio do caminho atravessada...

Ao rir de sua queda, eles se mostram

Até que seus ardis também os prostram,

Silenciando a ruidosa gargalhada.

Betim - 05 11 2017