Nota quase sincera

Esconde o riso sóbrio atrás da cortesia

Afã sagrado que comunga d'alma

Salgando o choro, rouba-lhe a calma

Ao profanar da carne, sacra fantasia

A lisa corda que sua face invade

Sucinta noite leve de oração

Distantes cordas deste violão

Suplicam dela a ínfima saudade

Compõe-lhe humilde um verso quase mudo

Privado do toque

De alvo veludo

Notas agudas de um pranto silente

Querem-se cativas

Em sua mente.

Hage
Enviado por Hage em 06/11/2017
Código do texto: T6164000
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