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DESERTOR DA BOÊMIA
[766]
Já não moras mais na madrugada.
Hoje tu és um bem-comportado;
um velho boêmio confinado
no sombrio vau de uma sacada.
As serestas tu as pôs de lado
e das noites foges à balada,
pois do vinho já nem bebes nada,
sempre d’alma presa em cadeado.
Um boêmio que não mais se presta
a cantar e nem ouvir seresta
– desta, apenas, tu és forasteiro.
É melhor, então, eu te propor:
da boêmia, sim, és desertor,
menestrel serás o tempo inteiro.
Fort., 06/11/2017.
DESERTOR DA BOÊMIA
[766]
Já não moras mais na madrugada.
Hoje tu és um bem-comportado;
um velho boêmio confinado
no sombrio vau de uma sacada.
As serestas tu as pôs de lado
e das noites foges à balada,
pois do vinho já nem bebes nada,
sempre d’alma presa em cadeado.
Um boêmio que não mais se presta
a cantar e nem ouvir seresta
– desta, apenas, tu és forasteiro.
É melhor, então, eu te propor:
da boêmia, sim, és desertor,
menestrel serás o tempo inteiro.
Fort., 06/11/2017.