SONETO DAS PERGUNTAS ETERNAS

Quando vejo um lugar do meu passado
cujas falas na mente: só perguntas
e nada de encontrar-me co' elas juntas,
o Céu era o lugar, meu olhar calado.

Ali beijo o menino, que sentado,
olhando para a altura, vê disjuntas
ideias que sabia melhor conjuntas
e confuso deveras, pouco amado.

Tantas dúvidas nele que hoje sei,
tais castelos de areia destoantes,
o ver sem poder ver não saberei.

Mas co' Ele conversava consonantes
coisas que respeitavam Sua Lei...
e então hoje: Livrai-nos como errantes.