Sombras de Novembro
Nos cálidos corredores vazios
de uma isolada e assombrada
construção, sinto no peito os
débeis sinos a badalar fortes,
a dar as boas-vindas, alegres,
às sombras desse novembro,
que, etereamente devastador,
me arrebata nessa fria sensação
de voltar aos bons tempos
dos quais me vi feliz, como
se esses tempos de angústia,
pálidos pesadelos adormecidos,
não fossem mais que fantasmas
a me acariciar a superfície da alma.