Insuportável sociedade

(Interação ao poema COCEIRA, do Poeta

Carioca)

Um ser que habita poros e folículos,

Vai nos desnudando da pele morta,

Que cobre tronco, cabeça, testículos,

E faz do nosso corpo a sua horta.

Em nossa companhia o dia inteiro

Tem casa e comida em quantidade,

Somos sócios, comensal / hospedeiro,

Em uma insuportável sociedade,

Que nem após a morte se desfaz.

Se o teu corpo em pó se transformar

Ainda assim incômodos nos traz.

Todo o mal prefere a escuridão,

Ali também tu preferes estar

E se esbaldar em proliferação.

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 02/11/2017
Reeditado em 22/01/2024
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