Um jardineiro revoltado.
Às flores diariamente são defloradas,
Sob justificativa vil, insana e acovardada.
De que a algo ou alguém devem pertencer.
E por todo o mundo começaram a murchar.
Algumas criaram espinhos para se defender,
Outras tantas sucumbiram perante a tristeza.
De não poderem mais brilhar, e deslumbrar.
Não com a liberdade que lhes é inerente.
Não sei o que são, porém não são gente,
Aqueles que ousam a uma flor machucar.
Então escrevo como jardineiro revoltado.
Pois vejo que nós pagaremos o pato,
E logo ficaremos sem o doce perfume.
Se não aprendermos às flores cultivar.
NUNES, Elisérgio.