A MESMA LUA CAMAFEU...

Insiste essa penumbra a esconder teu rosto,

Na saudade eu sinto o gosto dos beijos teus.

Em cenas, fleshs do teu tão inquieto corpo,

Nas quais admirei teu dorso, lindo camafeu.

Das noites profanas, luar a ocupar seu posto,

Eu no lado oposto ouvindo o que se prometeu,

Palavras sussurradas, querendo ter um escopo,

De quem, no delírio, sem entender se perdeu.

Perdi a sensibilidade de aceitar os belos dias,

Sol, calor, brisa, dentre outras reles agonias.

Hoje, na noite, minha essência a se confundir.

Existo agora nesse lúgubre e noturno mundo tosco,

De neons e de criaturas com seus venenos mostos,

Com a lua em seu eterno posto, e eu a sucumbir.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 01/11/2017
Código do texto: T6159404
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