MEU PRIMEIRO AMOR
Chegou-me de repente e tão depressa,
Que me surpreendi num embaraço;
Num desejo ardente de um abraço,
No ponto em que a candura quase cessa.
E, como se eu morresse a cada passo,
Sem saber que doença era essa,
Tentei fugir, mas como quem tropeça,
Senti-me aprisionado em um laço;
E, então, como apoitado na emoção,
Perdi o bom remanso da razão,
Preso nos braços torpes da quimera.
E aquilo que eu não podia supor,
Agora sei que se chama amor,
Porém, sequer eu sabia o que era...