Ainda é cedo
(interação ao soneto MEU TEMPO DE MORRER,
do Poeta Carioca)
Não, não te apresses, não, não vás agora,
Olha que o mundo é maravilhoso.
Ainda que às vezes rigoroso,
Este mundo, no fundo te adora.
De bens materiais ficaste fora
Mas não deixes que isto te deprima.
Em muitos outros bens estás por cima
Distante da inveja que vigora.
Em tua situação a vida é calma.
Uma vez rico floresce a vaidade,
Um grande perigo pra tua alma.
Continua na trilha da verdade,
Cultivando amor e amizade,
Proteção segura a qualquer trauma.