MEU ESPIRITO DESISTIU DE SER TEU GUIA.

Antes me pegastes fostes por mim afeiçoada,

Porque tu me olhavas das frestas do castelo,

E agora pareces me conter sem sentir nada,

E quando me ver já desfazes todo o mistério.

Sempre alegastes devotar-me uma satisfação,

Alienando-se aos desejos hora supra ditos,

Faz muito pouco que eu penetrei teu coração,

Mais já me sinto farta fonte dos teus conflitos.

Trafego na paz do farol que sempre iluminou,

As tuas trevas numa devastada escuridão,

Ainda exalo vida, mas você já me enterrou.

Meu cadáver se quiser mandas ao sepulcro,

Pois a minha alma terá de ti toda a alforria,

Porque meu espírito desistiu de ser teu guia.

PUBLICADO NO FACE EM 30/10/2012

LUSO POEMAS, 31/10/2017