Não há nada
É manhã de novo
O clarão se levanta.
Meus olhos quase se abrem,
Meus pensamentos desaparecem.
São tantas as coisas, um estorvo,
Que tranca minha garganta.
Por qualquer coisa que querem,
Gostaria que me esquecessem.
Sem tesão para fazer algo novo,
Quero fugir de tudo,
Quero meu quarto escuro.
São tantas coisas sem renovo,
Que me esmagam, contudo,
A mim são obscuras.