CONFISSÃO DE UM POETA CRISTÃO

Nunca fiz um soneto majestoso

Como Camões, Vinícius ou Bilac,

Pois confesso que nunca fui um craque

Nesta arte de escrever primoroso.

Pois jamais eu escrevi radioso

Como o sol que ilumina a nossa terra,

Cada verso que fiz foi uma guerra

D’onde nunca saí vitorioso.

Todavia de uma coisa não lamento,

De ter dado vazão ao sentimento,

De ter ouvido a voz do coração...

Ter pregado sempre nos versos meus

O inefável, excelso amor de Deus,

Anunciando, em Cristo, a Salvação!