AS ESTRELAS SE QUISEREM SE APAGUEM.

As estrelas se quiserem que se apaguem,

As altas ondas já se apossem dos oceanos,

Porem não mintam para mim nesta paragem,

Me ponham ao par dos graves desenganos.

Estamos flutuando na balsa do ser vindouro,

Nos afundando num atoleiro desta matéria,

Num alicerce que nunca foi forjado a ouro,

E presenciamos hora o mais ávido mistério.

Somamos ao nado, tudo que representamos

Somos pouco alem que alimentos de bactérias,

Em um outro ser perfazemos o renascimento.

Na luz do tempo somos apenas uma fagulha,

Do um amanhã nos apegamos com primazia,

Lá no mundo cósmico seremos outra energia.

PUBLICADO NO FACE EM 28/10/2012

LUSO POEMAS, 29/10/2017