CORAÇÃO PALHAÇO - I

Quem dera, fosse a vida, no teu mundo

De cores - entre os risos inocentes...

E as dores (entre guizos sorridentes)

Vibrantes - anuladas num segundo.

Quem dera do teu lírico profundo,

Medrasse em profusão, florais latentes,

A revelar em ti tenras sementes,

A despertar, o quê, jaz moribundo.

Quem dera, a cada aurora, improvisasse,

E sob a lona, o riso suscitasse

Na sedução do amor que merecesse

Quem dera, nesse chão de estrela, a lua

Em musa travestida que insinua

O coração palhaço enaltecesse.

P.S - Inspirado num circo que assisti recentemente - na

figura triste e desengonçada de um palhaço.

- Imaginei, ser essa, a situação rss.

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 27/10/2017
Reeditado em 15/06/2021
Código do texto: T6154779
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