CORAÇÃO PALHAÇO - I
Quem dera, fosse a vida, no teu mundo
De cores - entre os risos inocentes...
E as dores (entre guizos sorridentes)
Vibrantes - anuladas num segundo.
Quem dera do teu lírico profundo,
Medrasse em profusão, florais latentes,
A revelar em ti tenras sementes,
A despertar, o quê, jaz moribundo.
Quem dera, a cada aurora, improvisasse,
E sob a lona, o riso suscitasse
Na sedução do amor que merecesse
Quem dera, nesse chão de estrela, a lua
Em musa travestida que insinua
O coração palhaço enaltecesse.
P.S - Inspirado num circo que assisti recentemente - na
figura triste e desengonçada de um palhaço.
- Imaginei, ser essa, a situação rss.