PÁTRIA ÀS AVESSAS
Nada se espera, quando se avista um covil,
Da amada pátria que outrora fora tão séria,
Nada, nada mais que desencanto e miséria
E uma desesperança por nosso Brasil.
O poder se detém a livrar-se das penas
À dura custa do cidadão que se esmera,
Crer num país que só o pior se espera
E a quimera dos sonhos são trastes apenas.
Onde o horizonte nenhuma chama desponta,
Crianças não podem vislumbrar seus destinos,
Os jovens se alienam e se fazem de conta...
Onde as verbas são dadas à compra dos seus
Enquanto seus pobres não enchem os intestinos,
No poder, ladrões roubam orando por Deus...