PÁTRIA ÀS AVESSAS

Nada se espera, quando se avista um covil,

Da amada pátria que outrora fora tão séria,

Nada, nada mais que desencanto e miséria

E uma desesperança por nosso Brasil.

O poder se detém a livrar-se das penas

À dura custa do cidadão que se esmera,

Crer num país que só o pior se espera

E a quimera dos sonhos são trastes apenas.

Onde o horizonte nenhuma chama desponta,

Crianças não podem vislumbrar seus destinos,

Os jovens se alienam e se fazem de conta...

Onde as verbas são dadas à compra dos seus

Enquanto seus pobres não enchem os intestinos,

No poder, ladrões roubam orando por Deus...

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 26/10/2017
Reeditado em 23/11/2017
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