Soneto de Divina Luz:
_______________Léa Ferro.
Sorrisos teus, tu vistosa: - Oh madrugada!
Suaviza, serena tez, a contorcida
Engana alguma vez, a dor que o mata
Ciúme, pranto e verso, na ferida!
Sofrem, as densas horas, que o mar escapa
Umedece o campo verde, em desalento
Sangra a lágrima cortante, vil como a faca
Precisos laços, que mantém, mortal ao tempo.
Chororos versos, inocência infame a suspirar
Enfeitiçam-me, no inferno, em tormento
Se tu me és fado: - Que tu ames! ...eu sou luar.
Se és poema, envolve n'alma, o sofrimento
E vestes-te, de nevoeiro, no algoz amar
A trazer-me, divina luz, morte e lamento.
Soneto publicado na coletânea Pétalas, Darda Editora.
_______________Léa Ferro.
Sorrisos teus, tu vistosa: - Oh madrugada!
Suaviza, serena tez, a contorcida
Engana alguma vez, a dor que o mata
Ciúme, pranto e verso, na ferida!
Sofrem, as densas horas, que o mar escapa
Umedece o campo verde, em desalento
Sangra a lágrima cortante, vil como a faca
Precisos laços, que mantém, mortal ao tempo.
Chororos versos, inocência infame a suspirar
Enfeitiçam-me, no inferno, em tormento
Se tu me és fado: - Que tu ames! ...eu sou luar.
Se és poema, envolve n'alma, o sofrimento
E vestes-te, de nevoeiro, no algoz amar
A trazer-me, divina luz, morte e lamento.
Soneto publicado na coletânea Pétalas, Darda Editora.