Palavras presas
Esses dias encravados,
Brutos, presos, sem ação.
Ação há! Preso estou eu, amarrado,
Minha mente em ebulição.
Palavras não ditas, privadas,
Como ácido em corrosão,
Dentro de minhas entranhas citadas,
Querendo falar sem audição.
Eu que queria deixar preservada,
Em tuas memórias em implosão,
Meus sentimentos recatados.
Eu que queria soltar aos ventos desatados,
Gritos, como vulcão em erupção,
Meus sofrimentos sepultados.