As regras do mundo que sei e que amo

As regras do mundo que sei e que amo

caíram por terra; e eu fiquei surpreso.

Que faço se não sou feliz e preso

ao lar onde encontro paz, ao lar santo?

Aves, condenadas ao céu, em pranto,

maldizem o azul da manhã: "teu peso,

mau Céu, nos castiga! Temos desprezo

até pela brisa!" - De dor é o canto.

E eu, triste e impotente, livre e confuso,

não sei que fazer com céus e com mares,

porque são menores que o lar recluso.

No lar cabe a vida, os mais puros ares,

no lar cabe o amor, no lar tenho tudo,

e fora do lar... só encontro pesares!...

23/10/2017

Malveira Cruz
Enviado por Malveira Cruz em 23/10/2017
Reeditado em 23/10/2017
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