Veneno que dá vida
Com a mesma palidez de uma misteriosa gueixa
desperto a cada dia com o silêncio aguando no mar,
descrevendo a ferida de um amor que nunca se fecha
eu apenas serei infinito, enquanto viver para te amar
Afora o martírio da louca ninfa encarcerada
na minha mente insana de verdugo vago,
meu jugo fende sua terra, tal adaga enferrujada,
e assim aspiro essa paixão, fumaça a qual eu trago.
E deste modo, agradavelmente eu morro sufocado
e no peito uma batida rouca, apenas geme, suplica
a réplica que não fica, mas continua pulsando ao lado.
E no canto da boca escarlate teu veneno escorrendo
é minha fonte de vida, meu néctar de puro pecado
que me mata de amor, só para eu continuar vivendo.
(www.flaviocbarreto.blogspot.com)