PASSARADA
Os versos arredios e desertores
Sumiram, ninguém sabe ninguém viu,
Poeta não achou esses “senhores”
Cansou de procurá-los e dormiu.
Sonhou com eles todos voadores
E ficou a chama-los com seu psiu,
Mas qual o quê; são todos ilusores,
Brincaram com poeta que sorriu.
Desperto quis saber da inspiração
Silêncio foi resposta indesejada
Que ocupou a sua alma e coração.
Tem dias que é assim; de passarada,
E a gente olha para o papel em vão
Sem versos, sem poesia, sem mais nada.