Conteúdo e forma
Soneto-acróstico

C omo poesia é liberdade em verso
O que se escreve pode ser coisa qualquer
N ada obstruirá este amplo universo
T em espectro muito próprio este mister

E pode ser amável ou mesmo perverso
Ú nica restrição será o que você quer
D eixe-se em Érato permanecer imerso
O u o que no teu versejar então couber.
 
E ntretanto, terá outra medida a forma
F aça com os versos previstos, seu soneto
O que, portanto, fora descrito na norma

R ecuse-se a versinhos de mero panfleto
M enos qualquer intervenção que se deforma
A ssim, serão dois quartetos e dois tercetos.
 
Interaçõ do Grande Mestre Jacó Filho:
A ALMA DO SONETO
 
Beleza, estilo e alma, tudo surpreendente...
Assinatura própria e com paixão, explícita,
Demonstrando coisas que só Deus explica,
Portando o mais belo dos estilos, vigentes...
 
Soberano nas artes, pra poesia, expoente,
Moldando a beleza, como o céu especifica...
Com tantos atributos, há leitor que critica,
Apesar de ciente, do quanto dói, na gente...
 
Por em quatorze versos nosso tema, à luz,
É d?alma intrínseca, a nos por suas rédeas...
Com sílabas e tônicas com suas leis régias...
 
Tal prisma ante o sol em mil cores, traduz,
Cosmos em versos, com todas estratégias,
Que elevam belezas à potências, enésimas...

Interação magnífica de Pacco:
ACROSNETO"!
** (Insana hegemonia)
 
Quem me dera escutar o que não ouço,
Nesta esfera sem som que me conduz...
Fico mouco a oscilar num calabouço,
Onde imploro qualquer sombra de luz.
 
Se não sinto essa chama no arcabouço,
Co' essa estrela sem cor que não reluz,
Nos meus versos insanos sem balouço...
- Ó tristeza que arqueja em anos-luz!

- Se minh'alma não sente essa harmonia,
Nem a nobreza, qu'é embalde à natureza, 
Qual sidéreo que inflama minh'agonia...
 
Como posso engendrar sem essa destreza, 
Se o mistério na insana hegemonia
- Não me deixa enxergar tal profundeza? 
Jair Lopes
Enviado por Jair Lopes em 17/10/2017
Reeditado em 18/10/2017
Código do texto: T6145528
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