Um mar de saudades...
Soneto inspirado no maravilhoso soneto PÔR DO SOL NO MAR
de autoria da poetisa Esther Ribeiro Gomes.
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6144723
Essa brisa suave que vem do mar
entoando, murmurando cantigas,
traz lembranças tantas, antigas
de um passado que me faz chorar...
Essa brisa que vem me acariciar
que envolve, com a dor me fustiga,
soprando, arrepiando, não mitiga
a saudade que se transforma em mar...
Brisa que vem e que me recorda
de quando só o amor imperava
e meu sonho em quimeras flutuava...
Surge, toca e o passado acorda
depois de tanto tempo, traz ainda
uma saudade imensa, cruel, infinda!
(ania)
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Poeta Weber Palmieri te agradeco por abrilhantar minha
página com teu talento...magnífica interação, obrigada!!!
Singularidade Onírica
Às vezes, simplesmente
fecho os olhos e parto,
Em meio segundo ou menos,
Vou à praia e miro a linha do horizonte,
Lanço-me num improvável velejar,
Vejo, do lado de lá, o que aqui não vemos:
Todas as oportunidades que perdemos,
Rema o barqueiro adiante, não me aflige Caronte,
Nem é bem a morte, tampouco o pleno viver,
Só as infinitas paralelas entre o céu e o mar.
Vaga a mente, perfeita nau, nos sonhos a flutuar,
No mundo em que nada é, e tudo pode ser,
Oceano em que flutua tudo o que há,
Aos primeiros raios da fúria solar, aporta
Volta - Às lembranças reporta...
Vagamente vaga a mente.
E agora estou aqui pensando em você;
Tanto mais vivos eram teus olhos amendoados,
Quanto mais suavemente estivessem os meus cerrados,
Decerto não dormia, apenas eu via
Aquilo que o desperto não vê.
Considerar o tempo que já se perdeu,
Faz perceber que que sou pai, sou filho,
Sou de tudo,
Apenas e tão-somente, Infelizmente, este não sou eu.
Egresso do oceano singular,
Novamente acordado, novamente ancorado,
Impossível velejar,
Despertei pensando no amor que pereceu,
Nas viagens a um tempo que já ocorreu,
Percorri as rotas do destino, do desatino,
De um menino... que cresceu.
(Weber Palmieri)
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Poeta Fernando te agradeço por mais uma magnífica e
talentosa interação, obrigada por agraciar minha página
com teu talento!!!
AUSÊNCIA SOBRENOME DO AMOR
Vejo um mar de saudades pela praia,
Outro mar de solidão que me veleja,
Sentindo esta saudade aonde esteja,
Curtindo onde a onda se espraia.
A espuma branca estende a sua faia,
Pela areia que a paixão deseja,
Enquanto a saudade me enseja,
Senti-la na manhã quando o sol raia.
Este mar de saudades me consome,
Como a saudade vem mudar de nome,
Embora sendo mar me causa dor.
Podendo até mudar seu sobrenome,
Porém se o sentimento me consome,
Saudade é a ausência deste amor.
(fcunha lima)
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Poeta Gerailton...te agradeço emocionada por tão lindas e delicadas palavras, não poderia deixar de publicar esse mimo...muito obrigada!
Às vezes prefiro calar-me... Pra que falar? Palavras não definem o belo como deveria, nem à primazia do inigualável se propõe a versejar!
O oculto do rosto jamais poderia des-embelezar o que em essência é mais sublime que o perfeito!
O mar é feliz por ver o majestoso? O vento não se dispõe ao sopro que revelaria o olhar? E a luz se esconde; a luz dos olhos, da alma, do ser incontido num coração flamejante! Mas quem tem âmago pra absorver tais versos tem ego pra observar as belezas que ele esconde!
(Gerailton Cavalcante)
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Poeta Jair muito obrigada pela talentosa interação, tua presença aqui
me honra e me alegra muito!!!
DO MAR VEM O VENTO
Pois, esse mar que em você sopra esta brisa
A segue, por perdidos tempos, murmurando
Que vento nos teus cabelos, você precisa
E você, com seus botões, pensa: até quando?
Digo-te, sequer se preocupe portanto
Mais que essa fria brisa, o mal que te fustiga
Sequer trará para você o mínimo espanto
Por que até a tempestade é tua amiga.
É apenas um zéfiro que recorda então
Que seu sentimento é muito especial
Ainda que seja tal qual um furacão.
Siga, pois, na frente alcançará afinal
Os sentimentos que, teus, por direito, são.
Dizendo-te que o vento não é bom nem mau.
(Jair Lopes)
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Obrigada poeta Fernando por mais um lindo e emocionante
soneto em interação!!!
SAUDADE E AMOR
Será que ter saudade é ser distante,
Ou ser distante é qual sentir saudade,
Não sei se tal premissa é a verdade,
Pensada na saudade do instante.
Falando de saudade d'ora em diante,
Te ter distante nem por caridade,
Confirme se distância é saudade,
Mas mesmo assim, quem é que me garante.
Será que ter saudade é devaneio,
Será que ter saudade é muito feio,
Será que ter saudade é sentir dor?
Não sei e só por isto sinto e falo,
Morrendo de saudade, mas não calo,
Digo não há saudade sem amor.
(fcunha lima)
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Obrigada poeta James por tão sensível e linda construção poética, amei!!!
Quando estava junto ao mar sentindo a brisa da tarde,
tantas lembranças despertavam a saudade que dormia.
Acordava para lembrar-me que tanto amei.
Guardei, tranquei no recôndito do meu coração,
na infeliz vontade de enterrar de vez.
Fugi do mar...
O amor sempre surpreende
ele não pode ser encerrado,
nem mesmo num talvez.
Voltei a pisar na areia...
Só pra sentir aquela saudade!
(James Assaf)
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Obrigada poeta Fernando por me acarinhar novamente com
mais um envolvente soneto!!!
COBRANÇA
Será que o que penso é verdade?
Será que amo tanto por prazer,
Ou será que quero só aparecer,
Diante do teu ser que me invade?
Respondas meu amor, por caridade,
Senão eu fico louco sem saber,
Se é verdade este bem querer,
Ou é somente um pouco de inverdade.
Peço que não me deixes sem resposta,
Pois isto é muito triste pra quem gosta,
Penso que é o meu maior desgosto.
Enquanto aguardo a tua solução,
Passa um aperto no meu coração,
E uma quente lágrima no rosto.
(fcunha lima)