SEGREDOS
Mauro Pereira
É tarde. A noite escoa fugidia!
Um violão acorda a madrugada,
Chamando a lua, eterna enamorada
De menestréis, de amantes e de orgias.

Retorno ao tempo... Aos felizes dias
Das serenatas sob as sacadas.
Dos beijos mal trocados sob escadas.
Do cão que às vezes me correr fazia.

Ninguém soube jamais que foste minha!
Que após a serenata eu sempre a tinha...!
Ninguém sabe das noites de pecado!

Talvez o sol, que sempre nos olhava
Entre as cortinas e nos acordava,
Saiba os segredos por nós dois guardados!
Patos, 25- 02- 1965.

 
 
 
MAURO PEREIRA
Enviado por MAURO PEREIRA em 15/10/2017
Reeditado em 12/10/2021
Código do texto: T6143531
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