MEU DEUS !
Cidade de Deus, dos desenganados
Viventes da periférica opulência
Buscando a simples sobrevivência,
Sentindo o desprezo dos rejeitados.
Procuram viver com amor e decência,
Na fé do amor que lhes foi ensinado,
Trabalhando por míseros trocados
Crendo em deus e sua complacência.
E eles, em sua perpétua carência,
Apega-se na fé do amor de um deus
Que diz amar, mas pune sem clemência.
De deus, arautos, padres e pastores,
Ouvidos moucos a tantos clamores,
Exigem sem dó os dízimos seus!