QUATRO ESTAÇÕES
Choro pelos castelos demolidos.
Jardins esmaecidos, já sem flores.
Folhinha na parede, vil cupido,
anuncia o outono dos amores.
O inverno que se segue é rigoroso,
o frio da ausência estala os ossos.
A dúvida por ti irrompe o gozo...
É tempo de se amar entre destroços!
Caminho, tendo os poros por janelas
ao vento, que me invade perfumado.
-Primavera! Urram pelos eriçados.
Um fio de esperança se revela!
Assim, avançam dias... vão-se traumas...
Promessas de verão me aquecem a alma!