Da Canalhice
Enquanto a raiva lacera meu peito
E a canalhice impera soberana,
Alguns seres, na busca pela fama,
Parecem não se importar com o feio.
Em nome do seu onipotente feito
E em louvor da vossa sagrada grana,
Abusam dessa imunidade insana
Na perversão do que há de mais perfeito.
Chegou o tempo que me inflamo por dentro.
Mesmo com a ronda do dever ser,
Um dia isso vai embora com o vento.
Há diversidade para escolher,
Mas não na hora do vosso julgamento.
Foi a isso que escolhestes obedecer?