JÁ NADEI NOS MARES DOS MEUS FRACASSOS
Já nadei nos mares meus fracassos,
Amarguei minha vida nos vãos solitários do meu quarto,
Contribuí no triste drama em que fui alvo,
E me fiz de tapete a agradar aos teus passos.
Afoguei-me por inteiro em minhas lástimas,
Molhei meu leito com o transbordar da alma,
Nadei na inundação temporal de minhas lágrimas,
Chorei até os soluços se tranformarem em calma.
Mergulhei no mar bravio de teus domínios,
Lutei bravamente contra tua tempestade,
Tirei de ti a coroa de tua majestade.
Despi dos dissabores do passado,
Lancei fora as angustias que me daste,
E ninguém há de me causar tanto mal, quanto o que me causaste!