O BOSQUE
Estive ali, conheço cada galho e arbusto
Aos quais vão dar alguns atalhos — dura ainda
A lembrança do engano, em tudo via linda
A escuridão que faz desviar da trilha o justo.
Deixei lá uns sonhos sujos — quando, a muito custo
Atendo à voz que me anunciava a Vida e a Vinda
Dum dia que valesse a pena, e tudo finda
Em tempos de escapar com vida desse susto.
Jamais franqueei retorno ao negro pensamento
Que a mente põe confusa e ao erro justifica.
Em tempos de impiedade a Verdade é tormento.
Em pesadelo, apenas, volto ao bosque — e fica,
Ao despertar, um rasto em vozes pelo vento,
Dos que ainda ali, em lamento, dor que não se explica.
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Estive ali, conheço cada galho e arbusto
Aos quais vão dar alguns atalhos — dura ainda
A lembrança do engano, em tudo via linda
A escuridão que faz desviar da trilha o justo.
Deixei lá uns sonhos sujos — quando, a muito custo
Atendo à voz que me anunciava a Vida e a Vinda
Dum dia que valesse a pena, e tudo finda
Em tempos de escapar com vida desse susto.
Jamais franqueei retorno ao negro pensamento
Que a mente põe confusa e ao erro justifica.
Em tempos de impiedade a Verdade é tormento.
Em pesadelo, apenas, volto ao bosque — e fica,
Ao despertar, um rasto em vozes pelo vento,
Dos que ainda ali, em lamento, dor que não se explica.
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