A RUA DA MINHA INFÂNCIA

Relembro a rua da minha infância,

sempre sortida desses curumins,

qual madeira apinhada de cupins...

Cena longínqua a se perder à distância!...

Onde essa vida, sem nenhuma ânsia,

passava vera sob os nossos patins...

Quais copos a esbarrar-se em tintins,

hoje, celebro aquela abundância!

A rua enfileirada de moleques,

o meu irmão quase sempre de pileque,

foi a cena que marcou essa meninice!

Hoje, olho pra tudo com riqueza,

porque Deus me ofertou essa proeza, de

dizer em versos o que ninguém disse!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 12/10/2017
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