ALARDES
Teus lábios purpúreos nos meus imagino
colados, famintos, ardendo em fogueira
enquanto de agrados me cobres faceira
fazendo adejar indomável menino.
Se bebo dos beijos o sumo termino
nos ares de um éden de brisa fagueira
deixando a malícia fluir sorrateira
nas largas entranhas do meu desatino.
Dominam-me as veias nervosas correntes
tomando, oprimindo meus gestos pudentes
até que revelo as vontades, princesa.
Meu bem, necessito que venhas, não tardes!
Não posso calar mais aqui os alardes,
domar essa chama imortal, sempre acesa...