ÚLTIMO SUSPIRO

Na fração de tempo na qual contemplo

vida minha passando na retina,

é breve para as dúvidas... tormento!

O quê, enfim, será quando termina?

Profundo vazio no nada eterno,

onde alegria e tristeza são iguais?

O lúgubre lugar que é sempre inverno,

que ao Sol, à brisa, à Lua não apraz?

Tolo, perdi-me d’alma na matéria.

Louvei no altar de crenças deletérias.

Ao deus dinheiro ergui minha oração!

No átimo de tempo que me resta,

tomo da lucidez que a morte empresta,

suspiro qual pedindo por perdão!

*Em interação ao soneto “Oração a olhos dilatados”, de Poeta Carioca.

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 11/10/2017
Reeditado em 09/10/2019
Código do texto: T6139237
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