FALTO

À beira de uma vida, “esmolada...”,

A mendigar o pão ... Pobre infeliz,

A sorte nunca teve, ele maldiz,

A rua, doce lar, sua morada!

A cama é o duro chão, da fria calçada,

O travesseiro, u’a pedra ou u’a raiz,..

O teto estrelado, ele bendiz,

Alegra a sua noite desalmada;

O vento joga fora o seu lençol,

Traz frio ao corpo, e o seu olhar prediz,

De cinza... A colorir seu arrebol.

Escaras traz na pele e na sua alma,

Cravando feia e dura cicatriz.

De um existir tacanho, dor, e trauma.

Inspirado no belo e tocante soneto O MENDIGO, do POETA CARIOCA.

Grata!

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 10/10/2017
Reeditado em 03/01/2021
Código do texto: T6138944
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