FALTO
À beira de uma vida, “esmolada...”,
A mendigar o pão ... Pobre infeliz,
A sorte nunca teve, ele maldiz,
A rua, doce lar, sua morada!
A cama é o duro chão, da fria calçada,
O travesseiro, u’a pedra ou u’a raiz,..
O teto estrelado, ele bendiz,
Alegra a sua noite desalmada;
O vento joga fora o seu lençol,
Traz frio ao corpo, e o seu olhar prediz,
De cinza... A colorir seu arrebol.
Escaras traz na pele e na sua alma,
Cravando feia e dura cicatriz.
De um existir tacanho, dor, e trauma.
Inspirado no belo e tocante soneto O MENDIGO, do POETA CARIOCA.
Grata!