SONETO "X"

Como o talho do punhal numa emoção

A perfídia escorre do peito num sofrer

Num fio navalhado dentro do coração

Que no sentimento se põe a morrer

Mora em mim o teu "x", tão mutilação

Que o amor não mais pode entender

Vida e morte em uma una conjunção

Que o meu ser se cansou de ceder

Viver a presença e não a solidão, sorte

Pois o suporte não se acha pelo chão

E tão pouco para paixão é um aporte

Então, domine o teu querer, tua ilusão

Viva a vida, tão breve, com total porte

E tenhas equilíbrio no sôfrego coração

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2017, outubro - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 10/10/2017
Reeditado em 30/10/2019
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