-Salve o poeta! -Diziam os personagens. -Salvem!

Deixei de existir para sempre,

E existo numa escuridão rochosa,

Havia ali alguém nas sombras,

E eu via que ali havia entre

As sombras a luz, odiosa

E maravilhosa, e a minha obra

Sem poder dizer qualquer coisa,

Eles liam o texto e diziam nada

Dizer até que eu revelei, pois é,

Sou um novo estilo sem amadas,

Eu vivo como o capim cresce,

Mas respiro como o anjo vive,

Escrevo como o poeta enlouquece,

E peço para que uma louca me salve...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 08/10/2017
Código do texto: T6136674
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