Todo poeta negro é branco e vice-versa
Essa magia negra que me corta a pomba
Da paz é uma magia de negros escravos,
E estes não tem alma como os bruxos que
Vendem a alma ao demo, aqui tomba
O candomblé e a macumba com que travo
Uma batalha pela vida, não quero um se
No lugar da certeza da saúde, eu sofri
Cada queimadura da forja dos negros,
Mas eles me maltrataram até que vi
Um demônio, entre eles um mau ogro,
Mas, para mim, era o Diabo homo sapien!
Eis o meu inimigo negro, o resto não é!
Eu como esse demônio e santifico quem
Seguir tal caminho: Sou negro branco em fé!...
(Afirmo que quem o trouxe ao mundo se arrependeu, mas quem sofreu fui eu!)...