A MINHA CADEIRA DE VIME
Na antiga cadeira de vime,
não espero que nela se arrime:
o romance esvaído no vento,
o perfume que foi meu alento!
No seu baloiçar, recordando,
e as paginas lidas virando,
pranto, nos nossos olhos crescem
e as saudades dos olhos descem.
Ah! Vento que sopras ligeiro,
me perdi, me doei por inteiro,
naqueles tempos romanescos!
Ah! São tempos ora grotescos,
nesta cadeira, vou remoendo,
ao dispor dos sonhos, sofrendo!
d.lage.