SER POETA
Um dia... eureca! Vou ser poeta!
Sucumbir perante o amor inventado...
Tombar qual numa curva, em plena reta!
Por minhas verdades ser aclamado.
Rimar amor e dor já estou cansado!
Melhor “por que amá-lo?” e “Frida Kahlo”.
Mas nas questões de amor, não sou letrado.
Por arte mexicana, nem me abalo...
Cabe ao poeta mais árduo ofício.
Lambuzar-se da vida como um vício
e trôpego traduzir a emoção.
Mas será poeta inda em construção,
se não chorar luto, que não lhe afeta
e sentir em si a dor, que em ti aperta.