IRIS DOS MEUS OLHOS (Soneto)

Mauro Pereira
 

Invade-me a mente, quando a vejo,
Com esse andar sinuoso e insinuante
— e foi assim desde o primeiro instante 
,
Volúpia, comichões e mil desejos.


Retiro o olhar, mas qual! O pensamento,
— menino arteiro — brinca irreverente!
Busca as imagens e te faz presente.
E aumenta ainda mais o meu tormento.


Insano fica o coração, já gasto
De tanta dor por tanto amor nefasto,
Com esse fruto a mais dos meus ardores.


Seja prudente! Pede-lhe a RAZÃO.
Chame por ela! Grita-lhe a PAIXÃO.
Coitado! A qual servir, desses senhores?!


P/ Iris    Brasília, OUT/92



 

MAURO PEREIRA
Enviado por MAURO PEREIRA em 05/10/2017
Reeditado em 19/05/2022
Código do texto: T6133379
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