Migalhas de Amor

Eu quis acreditar em teus encantos

E amei-te ingenuamente, sem temor:

Ansioso em ser feliz, eu te amei tanto,

Não vi que me causavas tanta dor!

Não notei que o motivo de meus prantos

(muito além de seus beijos sem sabor...),

É que eu morria aos poucos, sempre enquanto,

Sobravam-me as migalhas desse amor!

Quis crer que teu sorriso me bastava

E a chama da paixão que em brasa viva,

Aos poucos, lentamente, se apagava.

Na verdade tua face tão festiva

Era um Sol de mistério e, no mistério,

Não há chama de amor que sobreviva!

Ciro Di Verbena
Enviado por Ciro Di Verbena em 18/08/2007
Reeditado em 22/11/2014
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