Poemiso-me
Sou um pouco de tudo que conheço e absorvo
Absorto, presto contas, poemiso-me
No alto de mim, no cume, observo tudo, como um corvo
Pareço lento, introspectivo... fora escuro, dentro lume
Placas proibitivas: não corra, não pise..., não fume
Tento acalmar tempestades, estorvos
Dividir o mar ao meio, mudar certos costumes
São traços e caminhos que aos poucos removo
“Não ame até...!” Limítrofe
Mas pergunto: até quanto? até quando?
Quantos versos deveriam haver nessas estrofes?
Poemiso-me, sou bandido, sou um bando
Furto-me, Foragido, incoercível, anástrofe
Pra não morrer, vivo poemisando